“Lembro-me de que um dos primeiros contatos comigo, ele me preveniu que pretendia trabalhar ao meu lado, por tempo longo, mas que eu deveria, acima de tudo, procurar os ensinamentos de Jesus e as lições de Allan Kardec e disse mais que, se um dia, ele, Emmanuel, algo me aconselhasse que não estivesse de acordo com as palavras de Jesus e Kardec, que eu devia permanecer com Jesus e Kardec, procurando esquecê-lo.”
“Pouco a pouco, fui compreendendo que eu estava numa guerra – a guerra do bem contra o mal – da qual não me cabia desertar.”
“Na volta do cemitério vi a diferença entre minha mãe e a senhora com quem eu devia viver. Quando eu andava ao lado de minha mãe, ela encurtava o passo, para acompanhar os meus, e me dava à mão. Tive que apressar as minhas pernas de cinco anos, para estar ao lado da outra, e fiquei feito bobo, balançando a mão, à procura dos dedos da “madrinha”. Ainda hoje sinto, no braço, a triste sensação do vazio, da procura inútil.”
“O Benfeitor respondeu-lhe: Não, Chico. A estrada larga, pavimentada é mais suscetível de desastres, porquanto a velocidade é ameaçadora. A estrada estreita, entulhada, por outro lado, nos faz caminhar com mais cuidado, com mais zelo…”
“Nós estamos, vamos dizer, no limiar da Era do Espírito, mas estamos ainda sacudidos por grandes calamidades psicológicas, como a Terra no seu início, como habitação sólida, esteve movimentada por grandes convulsões. Psicologicamente estamos sacudidos por esses movimentos que dificultam a nossa compreensão. Mas os Ministros do Senhor estão cooperando para que alcancemos a segurança, com a estabilidade precisa, para que o planeta seja realmente promovido a mundo de paz e felicidade para todos seus habitantes.”
“Desde criança, a figura do Cristo me impressiona. Ao perder minha mãe, aos cincos janeiros de idade, conforme os próprios ensinamentos dela, acreditei n´Ele, na certeza de que Ele me sustentaria. Conduzido a uma casa estranha, na qual conheceria muitas dificuldades para continuar vivendo, lembrava-me d´Ele, na convicção de que Ele era um amigo poderoso e compassivo me enviaria recursos de resistência…”
“E Jesus sempre esteve e está em minhas lembranças como um Protetor Poderoso e Bom, não desaparecido, não longe mas sempre perto, não indiferente aos nossos obstáculos humanos, e sim cada vez mais atuante e mais vivo.”
Trecho do livro “Chico e Emmanuel” – Editora DIDIER – Carlos A. Baccelli.